Nunca é de mais realçar as iniciativas de fundo que a SPMI tem vindo a desenvolver, querendo nesta Newsletter realçar duas das mais significativas: 1 - Criar ferramentas de trabalho que facilitem a gestão dos eventos que organiza; 2 - Promover o e-learning como instrumento de formação dos seus associados e de todos os médicos interessados, através do excelente trabalho que os diversos Núcleos de Estudo (NE) produzem. No aspecto da gestão de eventos, um dos problemas com que sempre nos debatemos foi o do tratamento das questões administrativas (inscrição e atestados), científicas (apresentação de trabalhos, sua classificação e escolha) e financeiras (faturação e pagamentos). Foi propósito desta direcção criar uma plataforma única que servisse para gerir todos aqueles aspectos, capaz de centralizar os dados dos participantes e replicar aquelas tarefas para qualquer dos eventos promovidos pela SPMI. Isto, desde as mais pequenas reuniões dos NE, ou acções de formação do FORMI, até ao nosso próprio Congresso Nacional. Desde Dezembro último que esta plataforma já está em pleno funcionamento. O primeiro grande teste vai ser o da gestão integrada do 25º Congresso, para o qual estamos já a utilizar esta ferramenta e, a curto prazo, todos os eventos passarão a ser geridos com esta plataforma. Todos os comentários e ajudas de melhoria que queiram deixar ficar sobre as suas funcionalidades serão muito bem-vindos e agradecidos. No que ao e-learning diz respeito, enquanto modelo de formação teórica sobre temas específicos, sabemos bem como a sua versatilidade de utilização se adequa ao que é a actividade exaustiva de um médico … ainda para mais internista. Desde o ano passado que temos já ao nosso dispor uma plataforma própria para a formação e para a criação deste tipo de conteúdos, concebida internamente e capaz de reduzir substancialmente os seus custos. Alguns cursos foram já feitos com base nela e outros estão em preparação. Deixamos aqui um apelo aos NE para que criem novos ou que adaptem para este modelo alguns dos que já realizam habitualmente de forma presencial. Para que os cursos possam ser acreditados pela DGERT e assim ter mais-valia tanto a nível nacional como internacional (PALOP’s), é bom não esquecer que os médicos formadores, ou pelo menos os seus coordenadores, terão de ter certificado de competência pedagógica (CCP). A 2 de Fevereiro tivemos na sede uma excelente reunião com a Academia da SPMI, com a participação da Francisca Fontes, que nos lembrou a importância que o Internista pode ter na Investigação Clínica como “fenotipador de excelência”. O Patrício Aguiar lembrou-nos que “ a perfeição é a maior inimiga da investigação”. A Susana Fernandes incentivou a SPMI a “pugnar pela existência de um tempo protegido para a investigação.” O Valter Fonseca realçou aquilo que irá ser a mais valia num mundo “automatizado”: Ética, Emoção, Criatividade, Intuição e Raciocínio Clínico. Começou também a germinar entre os presentes a possibilidade da criação de um Núcleo de Estudos da Academia, que poderia levar á concretização mais rápida e consistente das iniciativas que visam reforçar a posição da Medicina Interna nas Universidades. Já em adenda, não posso deixar de referir terem sido submetidos 2.137 trabalhos para apresentação no nosso 25º Congresso Nacional de Medicina Interna, facto que a todos, formadores e formandos, deve orgulhar.
Jorge Crespo. Tesoureiro
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